Artista traz ao Brasil uma retrospectiva sobre seus últimos 50 anos de trabalho
Meio século de obras de arte polêmicas, experimentais, vanguardistas e até mesmo apaixonantes podem ser conferidas na exposição Yoko Ono – Uma retrospectiva, que fica aberta ao público até o dia 3 de fevereiro no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) em São Paulo.
A mostra apresenta as diversas fases artísticas de Yoko Ono e inclui obras desde a década de 50 até a contemporaneidade, provando que a conhecida frase de Jonh Lennon – "Yoko Ono é a mais famosa artista desconhecida do mundo" – perde todo o sentido, uma vez que seu trabalho tem conquistado mais espaço ao longo do tempo. “Isso está mudando gradualmente e estou feliz por estar viva e ver meu trabalho tornar-se cada vez mais reconhecido”, declarou a artista ao ser questionada sobre a afirmação do falecido marido.
De Oslo para São Paulo
Esta é a primeira vez que a mostra sai do Astrup Fearnley Museum of Morden Art, em Oslo, nessa proporção. Ela conta com cerca de 80 obras, entre objetos, fotos, filmes, música e instalações, que ocupam todos os espaços do CCBB.
Dividida em quatro partes, a exposição começa nos anos 50, com produções em japonês, e segue pelos anos 60 até os dias atuais em inglês.
Segundo o curador, Gunnar Kvaran, é fácil perceber, por meio das obras, a mudança de conceitos ocorrida em conseqüência das diretrizes estabelecidas pela artista na década de 60. “Existe uma redução no conceito de arte. O valor do objeto desaparece e entra em ótica o conceito do observador. As peças convidam o participante a se integrar com a arte”, explica Kvaran.
Paixão e polêmica
Nessa retrospectiva, o público brasileiro terá a oportunidade de conferir a obra Ceiling painting (pintura no teto), peça marcante na relação entre Yoko Ono e Jonh Lennon. A obra em questão foi a responsável pelo início da relação entre o ex-Beatle e a artista. Ao subir as escadas e ler a palavra “yes” pintada no teto de uma galeria em Londres, Lennon imediatamente se encantou. A sensação do Beatle diante da arte de Yoko foi o suficiente para iniciar uma paixão que teve repercussão em todas as partes do mundo.
Mas 50 anos de arte inclui muito mais do que paixão. Ainda mais quando se trata de uma artista tão pacifista, experimental e polêmica como Yoko Ono. “Faço aquilo que acho interessante, o que às vezes pode chocar algumas pessoas. Mas faço como artista”, esclarece.
Yoko conta ainda que a exposição – que faz parte das comemorações do Centenário da Imigração Japonesa – é baseada na mostra de Oslo, mas com uma ótica brasileira. “Minha única exigência foi que as peças da série Blood Objects fossem mantidas”, conta.
A série em questão gerou muita polêmica quando foi lançada em 1993. Ela apresenta objetos do cotidiano, como porta-retratos, camisas e sapatos manchados de sangue. São peças que impressionam, mas levantam uma bandeira no combate à violência doméstica, em especial contra as mulheres.
Serviço
Yoko Ono – Uma retrospectiva
Data: até 3 de fevereiro
Funcionamento: Terça a domingo, das 9h às 20h
Local: Centro Cultural Banco do Brasil
Endereço: Rua Álvares Penteado, 112, Centro – SP
Entrada: Gratuita
Tel.: (0xx11) 3113-3651/ 3113-3652
Site: www.bb.com.br/cultura
Meio século de obras de arte polêmicas, experimentais, vanguardistas e até mesmo apaixonantes podem ser conferidas na exposição Yoko Ono – Uma retrospectiva, que fica aberta ao público até o dia 3 de fevereiro no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) em São Paulo.
A mostra apresenta as diversas fases artísticas de Yoko Ono e inclui obras desde a década de 50 até a contemporaneidade, provando que a conhecida frase de Jonh Lennon – "Yoko Ono é a mais famosa artista desconhecida do mundo" – perde todo o sentido, uma vez que seu trabalho tem conquistado mais espaço ao longo do tempo. “Isso está mudando gradualmente e estou feliz por estar viva e ver meu trabalho tornar-se cada vez mais reconhecido”, declarou a artista ao ser questionada sobre a afirmação do falecido marido.
De Oslo para São Paulo
Esta é a primeira vez que a mostra sai do Astrup Fearnley Museum of Morden Art, em Oslo, nessa proporção. Ela conta com cerca de 80 obras, entre objetos, fotos, filmes, música e instalações, que ocupam todos os espaços do CCBB.
Dividida em quatro partes, a exposição começa nos anos 50, com produções em japonês, e segue pelos anos 60 até os dias atuais em inglês.
Segundo o curador, Gunnar Kvaran, é fácil perceber, por meio das obras, a mudança de conceitos ocorrida em conseqüência das diretrizes estabelecidas pela artista na década de 60. “Existe uma redução no conceito de arte. O valor do objeto desaparece e entra em ótica o conceito do observador. As peças convidam o participante a se integrar com a arte”, explica Kvaran.
Paixão e polêmica
Nessa retrospectiva, o público brasileiro terá a oportunidade de conferir a obra Ceiling painting (pintura no teto), peça marcante na relação entre Yoko Ono e Jonh Lennon. A obra em questão foi a responsável pelo início da relação entre o ex-Beatle e a artista. Ao subir as escadas e ler a palavra “yes” pintada no teto de uma galeria em Londres, Lennon imediatamente se encantou. A sensação do Beatle diante da arte de Yoko foi o suficiente para iniciar uma paixão que teve repercussão em todas as partes do mundo.
Mas 50 anos de arte inclui muito mais do que paixão. Ainda mais quando se trata de uma artista tão pacifista, experimental e polêmica como Yoko Ono. “Faço aquilo que acho interessante, o que às vezes pode chocar algumas pessoas. Mas faço como artista”, esclarece.
Yoko conta ainda que a exposição – que faz parte das comemorações do Centenário da Imigração Japonesa – é baseada na mostra de Oslo, mas com uma ótica brasileira. “Minha única exigência foi que as peças da série Blood Objects fossem mantidas”, conta.
A série em questão gerou muita polêmica quando foi lançada em 1993. Ela apresenta objetos do cotidiano, como porta-retratos, camisas e sapatos manchados de sangue. São peças que impressionam, mas levantam uma bandeira no combate à violência doméstica, em especial contra as mulheres.
Serviço
Yoko Ono – Uma retrospectiva
Data: até 3 de fevereiro
Funcionamento: Terça a domingo, das 9h às 20h
Local: Centro Cultural Banco do Brasil
Endereço: Rua Álvares Penteado, 112, Centro – SP
Entrada: Gratuita
Tel.: (0xx11) 3113-3651/ 3113-3652
Site: www.bb.com.br/cultura
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